Tag Archives: YSL

Déjà vu # 1

10 mar
Giles - Inverno 2010

Giles - Inverno 2010

Pucci - Inverno 2010

Pucci - Inverno 2010

Saint Laurent - 60's

Yves Saint Laurent - 1963

Marianne Faithfull - 60ealgumacoisa

Marianne Faithfull - 60's

Exposição de Yves Saint Laurent no Brasil

30 jan

O Ano da França no Brasil, com programações de atividades até o final de 2009, apresentará entre maio e junho a exposição Yves Saint Laurent – Uma Viagem Extraordinária, que ocorrerá nos Centros Culturais Banco do Brasil do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília.

Safari look dos anos 70, por suas musas Betty Catroux e Loulou de la Falaise.

YSL entre suas musas Betty Catroux e Loulou de la Falaise.

As datas ainda não estão definidas, mas coincidirão com o primeiro ano da morte do estilista, em 1º de junho de 2008, aos 71 anos. A exposição terá como tema os 40 anos de criação do estilista, que se aposentou em 2002, com um desfile no Centro Georges Pompidou, em Paris, retrospectivo às quatro décadas de trabalho em sua grife própria.

A exposição em solo brasileiro terá 40 figurinos do estilista, além de desenhos, esboços, fotos de desfiles, vídeos, fotos pessoais e lembranças. Objetos trazidos de vários países, retratos de escritores sobre o estilista, entrevistas e músicas completam a mostra.

Yves Saint Laurent, que nasceu em Orã, Argélia, foi um dos maiores criadores de moda do século 20. Aos 17 anos, logo depois de chegar a Paris, começou a trabalhar com Christian Dior, que morreu em 1957.

O jovem Saint Laurent tornou-se seu sucessor na grife, mas em 1961 abriu sua própria casa, em sociedade com Pierre Bergé. Sempre ligado às artes plásticas em geral, várias de suas criações faziam referência a pintores e outros artistas.

O vestido tubinho com referência ao holandês Piet Mondrian (1872-1944), por exemplo, é um ícone. Saint Laurent lançou em 1966 o Le Smoking, roupa inspirada no tradicional traje masculino, para ser usada pelas mulheres. A criação é revisitada até hoje nas passarelas.

Fonte: Terra

Retrospectiva 2008

29 dez

O que abalou (para o bem e para o mal) a moda em 2008. Uma breve retrospectiva:

Saint Laurente, sempre provocador

Saint Laurent, sempre provocando, até mesmo sua natureza

Morte de Yves Saint Laurent.

Criatividade e talento com as agulhas podem até fazer um bom estilista, mas um verdadeiro gênio é aquele que sabe colocar isso aos anseios da sociedade. Enquanto a mulher lutava para assumir novos papéis, ele criou o smoking para elas. Hoje, é normal uma mulher usando calças, mas em meados dos anos 60, elas podiam ser barradas em hotéis e restaurantes. Não seria sua única provocação. Reconhecidamente tímido, posou nu para a campanha de seu perfume masculino nos anos 70. Foi pioneiro na promoção do prê-à-porter, vendendo roupas a preços menores em sua célebre Rive Gauche, acompanhando as novas necessidades de consumo pós-moderno. “Não fui eu quem mudou, foi o mundo. E este mudará sempre, e nós estamos eternamente condenados a adaptar nossas maneiras de ver, sentir e julgar”, disse na inauguração do famoso endereço. Foi ainda o primeiro a colocar modelos negras na passarela e a transmitir um desfile pela internet.

Michelle Obama fala, suas roupas também

Michelle Obama fala, suas roupas também

Michelle Obama e o figurino inteligente.

Esqueça as primeiras damas de efeito decorativo. Michelle Obama, cria de Princeton e Harvard, discursa tão bem quanto o marido, como provou em debates do qual participou. Alta, magra e bonita, foi alçada à ícone fashion, apontada como a sucessora de Jacqueline Kennedy. Ela aproveita a condição e usa seus vestidos para passar mensagens de parcimônia em tempos de recessão e esquentar a economia americana, ao priorizar marcas e estilistas locais, inclusive lojas de departamento. Yes, we can! A americana comum pode ser tão elegante quanto à primeira-dama. No discurso da posse, usou um Narciso Rodriguez, americano de origem cubana, totalmente condizente com o discurso de seu marido, de diálogo e de fim de barreiras.

A crise mundial e a retração do consumo.

nasdaq

Ninguém passou incólume pelo efeito dominó das bolsas em todo o mundo

Claro que sempre existirão os muito, muito ricos de verdade que darão de ombros para crise e continuarão comprando seus produtos de luxo. Mas a classe média, que responde por boa parte da receita, com óculos, perfumes e bolsas, deve apertar o cinto. No sobe-e-desce das bolsas, grandes conglomerados não admitem, mas se não perderam dinheiro, ganharam menos. A hora é de traçar estratégias para fazer bom uso do orçamento. “Estamos trabalhando duro, focando economias, até mesmo como conceito mental”, disse Miuccia Prada ao jornal italiano La Stampa. Nisso, a Louis Vuitton desistiu de abrir uma nova loja no Japão, a Prada adiou sua entrada no mercado de capitais, Sergio Rossi fechou as portas nos Estados Unidos e as coleções masculinas de Marni e Valentino ficarão de fora da semana de moda de Milão. Semana passada, uma matéria da TV5 francesa mostrava uma repórter tentando – e conseguindo – descontos à vista na compra de vestidos de festa em lojas como a Chanel.

O fim da era de ouro da alta costura

Aposentadoria de Valentino.

Já anunciada ano passado, foi concretizada em janeiro com seu último desfile de alta costura na semana de moda de Paris. Desde a aposentadoria de Yves Saint Laurente, era o último remanescente da geração de ouro da alta costura. Sua saída marca o fim de uma era, de elegância ostensiva e um tanto conservadora. Há tempos, o grupo Permira, controlador da marca, já falava da necessidade de rejuvenescê-la e torná-la mais comercial. Foi esperto. Antes de o mandarem de volta pra casa, como aconteceu com Givanchy, pediu para sair. Agora, gasta sua fortuna ao dolce far niente, de evento em evento, inclusive aqui no Brasil, onde acompanhou a primeira edição do Claro Rio Summer.

A volta das supermodelos.

Claudia Schiffer, Eva Herzigova, Linda Evangelista, Naomi Campbell, Christy Turlington… Não, não é um videoclipe antigo do George Michael. Mas campanhas de marcas como Chanel, Cavalli, Prada e Louis Vuitton em 2008. De acordo com Karl Lagerfeld, “o tempo faz com que elas fiquem mais interessantes e insubstituíveis”. Mais do que isso: fez com elas se tornassem modelos mais representativos para uma parcela considerável de consumidoras, no auge da independência e do poder, inclusive aquisitivo, e que não se identificavam com as modelos cada vez mais jovens na publicidade de marcas tradicionais. Com o know-how adquirido, esse time volta com um novo status, de “embaixadoras” das marcas.

Existe EX-supermodelo?

Existe EX-supermodelo?

Moda é pra ser debatida.

Em 2008, senti na própria pele o quanto a moda ainda é vista como algo menor na academia. Mas minha experiência pessoal não vem ao caso. o que interessa é que as coisas estão melhorando e a moda está deixando de ser apenas vista, o que é importante, para ser também discutida. Finalmente foi realizado o primeiro Congresso Internacional de Moda, em Madri, com participação de Gilles Lipovetsky (nome já bem conhecido de quem estuda moda, não simplesmente acompanha “tendências”), Omar Calabresse e Jorge Lozano, entre outros. Anote aí: a moda “bomba” na semiótica. Em São Paulo, tivemos o Pense Moda – que promete ser intinerante em 2009, com versões reduzidas em outras cidades. Empresários e faculdades cearenses, mexam-se, por favor! Por aqui, o Maxi Moda foi uma boa iniciativa. Esperamos apenas que a próxima edição tenha menos histórias de vida e mais discussões sobre o que nos inquieta na atualidade.

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Rio de Janeiro, sol, mulatas... O Claro Rio Summer

Claro Rio Summer.

Evento para gringo ver. Trouxe imprensa internacional e compradores estrangeiros para o que, para muitos, temos de melhor e mais vendável, nosso beachwear, mas os negócios não se concretizaram. Algumas marcas mostraram que já estamos bem adiante do fio-dental, que fez a fama brasileira décadas atrás. Mas outras bem que podiam se livrar de alguns clichês, né? Saída com estampa do Cristo Redentor não foi um pouco demais, não? No balanço geral, razoável para uma primeira edição. “O fato de eu ter vindo para o Brasil neste momento já responde à pergunta (sobre a importância dos países emergentes no mercado de moda). Os países emergentes, tenho certeza, serão muito importantes para todo o mundo fashion”, afirmou Valentino à Folha de S. Paulo. Mas a organização do evento precisa descobrir onde estão os nós e desatá-los.

O bafão do Prêmio Moda Brasil.

Se divulgou como o primeiro prêmio da moda brasileira. Não é. Tivemos antes o Abit e o Agulha de Ouro. Depois, misturou concorrentes e jurados no mesmo balaio, levantando uma grande dúvida sobre a lisura do processo. Por fim, mais do mesmo: a premiação levou em conta somente o eixo Rio-SP, especialmente lojas e marcas que estavam dentro do shopping patrocinador do evento.

Melca Janebro - Fashion Rio - Inverno 2008

Desfile de Melca Janebro no Rio Moda Hype 2008

Estilistas cearenses.

A moda cearense deu um salto comercial considerável no último ano. Foi um alívio. Imagino o que é para um estilista ganhar uma certa visibilidade com eventos como o Dragão e depois ter que “se inspirar” no que está “bombando” no Brás e Bom Retiro para as confecções locais. Muitos descobriram que podem ser indepentes ou levar na paralela suas próprias lojas. Driblaram os altos custos de se instalarem em shopping center com pontos comerciais de rua. Um novo reduto se faz na Maria Tomásia, com Mar del Castro, Piorski, Lisblu… Mais adiante um pouco, está a Flor do Mato. Por ali também, a Jô-Iola. No Dionísio Torres, a união faz a força do Coletivo (leia-se Cândida Lopes, Lindeberg Fernandes, Ayres Jr. e outros). Na Monsenhor Tabosa, está a Melca Janebro. Tem outras, mas essas são as que me vieram à cabeça agora, até porque estão no meu armário.

Os botões da Levi’s que você usava

14 out

Depois de a Diesel ter levado ao pé da letra seu trigésimo aniversário (30=XXX) e, com a ajuda do pessoal do SFW Porn, ter feito seu vídeo mesclando pedaços de filmes pornôs e desenho animado, é a vez da Levi’s fazer uso do erotismo em sua campanha publicitária. Com o tema “desabotoar” a si mesmo, a propaganda celebra o ícone jeans 501 com um jogo de sedução entre um casal.

É a primeira campanha global integrada da Levi’s. Isso porque o tradicional jeans 501 mudou: antes fechado por zíper, recebe botão e modelagem padronizada nos 110 países em que é vendida. Será que agora, mesmo com bunda de brasileira, conseguirei comprar calças de 70 pesos nos outlets da Argentina?!

Maaas… voltando ao assunto, a discussão do erotismo (invulgar ou não) na moda ainda não cansou? Que polêmica menos polêmica. Olha o que Saint Laurent e Helmut Newton já faziam na década de 70:

Mais que um simples nu. Papéis masculinos? Femininos? Mais uma imagem de moda a difundir uma mudança de valores.